Em 1973, aos dezenove anos, eu deixei para trás a minha família, a Igreja Batista Sião de Maringá, no Paraná, da qual sou um dos membros fundadores, e a profissão de Técnico em Ótica, que aprendi a partir dos meus doze anos. Eram coisas que eu amava de verdade! O meu pastor, Gedeão Freitas, os meus pais e os meus irmãos me instaram a seguir a vocação ministerial que era muito evidente desde a infância. A igreja aprovou unanimemente. Assim, segui para Belo Horizonte matriculando-me no STEB – Seminário Teológico Evangélico do Brasil.

O meu sonho era concluir o curso e ser enviado como missionário para povos indígenas da Amazônia.

No dia 07 de outubro do mesmo ano, data em que eu completava 20 anos, a pedido do Pr. Márcio Valadão, assumi a minha primeira congregação, na cidade de Santa Luzia, MG, formada por duas pessoas, mãe e filha … ! Levei comigo uma mulher de oração, Da. Zélia e a sua filha, Solange.

Solange e eu nos casamos há 49 anos e temos cinco filhos. Todos são casados e nos deram catorze netos. Para a glória de Deus, todos são batizados e servem ao Altíssimo, com exceção de dois netinhos ainda não são batizados, pois têm apenas sete aninhos. A minha família sempre foi o meu primeiro campo missionário e a igreja que mais amo e na qual mais invisto.

O meu primeiro pastorado foi o resultado da fusão de dois pequenos grupos, um dos quais eu liderava como seminarista da igreja da Lagoinha. Demos o nome de Igreja Batista Getsêmane, em BH.

Depois de quatro anos, recebi o primeiro desafio missionário para a Amazônia. O Pr. Rosivaldo de Araújo me trouxe um apelo: a CBN iria assumir a ALBAMA – Aliança Batista Missionária da Amazônia – e o meu nome havia sido indicado pelo conselho daquela missão para ser o seu Secretário Executivo. Mediante a convicção da missão de Deus pra mim e o apoio incondicional da minha esposa aceitei que o meu nome fosse apresentado ao CONPLEX, que aprovou a indicação.

Tendo a bênção da igreja demos posse ao Pr. Jorge Linhares como meu substituto e alegremente partimos para o campo em janeiro de 1982, acompanhados pelas nossas filhas Aline, de cinco anos, Ádila Karina de dois anos e Anny Helyse com um pouco mais de dois meses de vida. Lá, em Belém, nasceu o nosso quarto filho, Álisson. Dois anos e meio depois, quando voltamos para BH, na Lagoinha, veio a filha que nasceu só do coração, Iva.

A ALBAMA cobria os Estados do Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá, Roraima, Acre e Rondônia. Que tempo glorioso vivemos lá! Com o apoio da CBN, dos nossos obreiros e igrejas abrimos trabalhos na região da Transamazônica e enviamos Iracema Ferreira, a nossa primeira missionária para o povo Apalaí. Em seguida, enviamos também a missionária Liliana Lemos pra lá. Quantos trabalhos foram fundados em Rondônia! Lá criamos a nossa primeira regional: CBN-Ronacre (Rondônia e Acre) e também a ORMIBAN regional. Que preciosidade de obreiros nós tínhamos naquele campo!

Plantamos a nossa primeira igreja Batista Nacional em Roraima. Colocamos lá o nosso primeiro obreiro, Pastor Clodoaldo e Beth, sua esposa, que permanecem até hoje, auxiliados por uma equipe maravilhosa que já expandiu para o Estado do Roraima e Venezuela, país vizinho.

Da Amazônia voltei para Lagoinha onde fui pastor, na sede, por mais quinze anos. Então, aceitei o convite do Pr. Enéas Tognini e da Igreja Batista do Povo para assumir o seu pastorado, em São Paulo. Tive a bênção de desfrutar da companhia e inspiração do Pr. Enéas por dezesseis anos, até a sua morte.

Hoje estou com setenta anos de idade. Cinquenta deles envolvidos integralmente no ministério. Os últimos vinte, de vinte e três anos, foram dedicados à Igreja Batista do Povo. No último dia dois de dezembro demos posse ao pastor Ivêner Soler de Souza como meu substituto. Meu grande plano: curtir a minha “pequena” família que foi sacrificada em muitas coisas por conta do meu ministério (embora eles sempre digam que não!).

O convite para assumir a presidência da JAMI foi um desafio inesperado. Não posso me furtar ao privilégio de servir a uma causa que amo e na qual confio.

Eu e minha casa temos uma vida estável e o meu plano era continuar o trabalho que faço como voluntário nas polícias e nas Forças Armadas, em São Paulo. Como igreja, estamos envolvidos na Realização do Summit nos presídios de São Paulo. A Secretaria de Segurança do Estado nos solicitou esse apoio e hoje, publicado no Diário Oficial, todos os presídios do Estado foram colocados em nossas mãos para a realização do Summit. Você pode imaginar os frutos disso?

Há um pedaço de mim na JAMI. Participei das conversas sobre a sua criação e fui membro da sua diretoria em alguns anos e vice-presidente na segunda diretoria.

O Pr. Ronald foi meu assessor e, depois, o meu substituto na ALBAMA em 1984. Criada a JAMI, em 1995, o Pr. Ronald Silva Carvalho foi escolhido pelo CONPLEX como seu Diretor Executivo, e permanece até hoje. Nós nos conhecemos mais que o suficiente para trabalharmos juntos.

Você e a sua igreja podem nos ajudar na continuação dessa maravilhosa causa: a missão de Deus na Terra!

Por favor, para qualquer assunto sobre a JAMI o meu e-mail está à sua disposição: [email protected]

Será um prazer e grande honra receber suas sugestões, questionamentos, e tudo o que você julgar útil para a nossa missão comum.

Pedindo a sua compreensão pelo texto tão grande, que julgo necessário, faço-lhe um convite: vamos fazer missões juntos?